quarta-feira, fevereiro 17, 2010
domingo, fevereiro 07, 2010
Eu, réu-mor
Meu poema é paz, é pólvora, é fonema
Meu poema é praga, é prece, novena
Meu poema risca, faísca, acena
Meu poema perdoa, padece, ordena
Meu poema é prosa, coisa pequena
Parece peteca, palavra de pena
Meu poema é câncer, doença, gangrena
Meu poema é parte, é pouco, centena
Meu poema é pó, prisão, quarentena
Parede de pedra, pirão, maisena
Meu poema é porco, é pato, é hiena
Meu poema prende, prova e condena
Meu poema dorme, acorda, serena
Meu poema pifa, para e engrena
Meu poema é onda, é raio, é antena
Meu poema é pântano, piso, arena
Meu poema é dia, é mês, é quinzena
Meu poema é porto, ponte, safena
Meu poema cura, mata, envenena
Meu poema é puro, é puta obscena
Meu poema não é meu poema
Meu poema é pássaro em cantilena
Meu poema não é problema meu
Meu poema é dilema de quem leu
Meu poema não é poema meu
Meu poema, escrito, morreu
Meu poema, morto, é maior
Meu poema, eu, réu-mor
Meu poema é praga, é prece, novena
Meu poema risca, faísca, acena
Meu poema perdoa, padece, ordena
Meu poema é prosa, coisa pequena
Parece peteca, palavra de pena
Meu poema é câncer, doença, gangrena
Meu poema é parte, é pouco, centena
Meu poema é pó, prisão, quarentena
Parede de pedra, pirão, maisena
Meu poema é porco, é pato, é hiena
Meu poema prende, prova e condena
Meu poema dorme, acorda, serena
Meu poema pifa, para e engrena
Meu poema é onda, é raio, é antena
Meu poema é pântano, piso, arena
Meu poema é dia, é mês, é quinzena
Meu poema é porto, ponte, safena
Meu poema cura, mata, envenena
Meu poema é puro, é puta obscena
Meu poema não é meu poema
Meu poema é pássaro em cantilena
Meu poema não é problema meu
Meu poema é dilema de quem leu
Meu poema não é poema meu
Meu poema, escrito, morreu
Meu poema, morto, é maior
Meu poema, eu, réu-mor
Assinar:
Postagens (Atom)