Quando a líquida lâmina do silêncio atravessa o salão
Desperta a voz cimentada da pele
E a membrana fosforescente do olhar
Os pés soluçam movimentos geométricos
E as mãos se escondem entre a parede e o corpo
Tapete é serpente; abajur, andorinha
Sofá, liberdade; mesa, compromisso
As ambições sublimam no teto
Enquanto a vontade desce sem pressa a escada
Fora ecoa uma música arenosa
Mas dentro o ouvido destila o som dos pulmões
Cama é congresso; janela, pedaço
Tijolos estão na garganta; águas, no mundo
Sim,
ela chegou.
[jb]
terça-feira, maio 01, 2007
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5 comentários:
enorme CORAÇÂO.
aqui. forte. a explodir.
beijo.Te.
é tão isso ou tão aquilo, que minha cabeça romântica prefere pensar que é um amor...
beijo
Gosto deste tipo de poema ou coisa assim, mexe comigo é muito interessante pois vc não sabe ao exato do que se trata mas é bonito e faz pensar, é esquisito e legal ao mesmo tempo, valeu amei xeru...
Queria dizer só uma palavra, já são cinco, agora oito, agora dez...
Enfim!!! A que eu queria te dizer:
ADOREI
Beijo
Ela atravessa inspirando e transpirando poesia. Vomitando tijolos e soluçando olhares.
A poesia é in-útil. In-útil porque não precisa de justificativa. Não precisa de porques. Ela atravessa o salão, sem ao menos o salão existir. Ela ecoa arenosa, súbita, fosforescente. Sobe ao teto e corre às escadas, como as águas, no mundo.
Sim JB, ela chegou!
Zé Eduardo Calcinoni
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