Somadas ao fogo,
palavras equacionam o momento exato da combustão
- todo incêndio é a raiz quadrada da imprudência.
Silêncios não podem subtrair-se
caso contrário, ossificam a pele
- toda guerra é o quociente exato entre pensamento e voz.
Sinais margeiam as ruas
crescem em progressão geométrica
enquanto o homem se aninha em retângulos perfeitos
- a multiplicação dos dias ainda dá um valor negativo.
Simétrico é o inferno
fractal é o céu
Nas esquinas números com vírgulas querem ser frases.
- todos os algarismos nasceram de uma espiral
Sombras matemáticas engolem frações
a fome é uma dízima periódica
o desejo, uma sede emprestada
- qual o mínimo múltiplo comum de uma serpente?
[jb]
quarta-feira, outubro 03, 2007
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8 comentários:
cara, muito, muito bom!!
abs.
somADAS AO FOGO AS TUAS PALAVRAS....SÃO ANEIS MÚLTIPLOS.
sede que não tem empresto!~~
beijo.
/piano.
É sempre muito bom vir aqui...
Bj
É sempre muito bom vir aqui...
Bj
perguntinha capciosa esta do verso final. irrespondível e respondível como convém a toda pergunta poética.
abraços
e o Rubens tem razão????!!!!!
TEM!
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com virgulas e tudo.
:)
beijo.
deserto-me...
Criativo e bem articulado, rico em figuras de linguagem.
E o convido a conhecer o blog Cinco Espinhos, no qual eu e a colega Aline Gallina nos propomos a tecer críticas literárias em forma de literatura.
Toda semana, também, garimpamos a internet à procura de um BOM texto de um autor "desconhecido".
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