(um poema a quatro mãos, com Denise Warnecke)
Inútil lutar contra
vejo tudo depressa
na palidez do crepúsculo
simbólica distância
sou menos que desejo
noves fora dores
resta minha escolha
semblante em queda
meu rosto de asfalto
é impermeável à chuva
através da neblina
um sopro seco
um vulto de saudade
escorre pelos cantos
não lembro dos sapatos
das cores no semáforo
do cinza eterno do chão
vi teus olhos de trem chegando
eu, em descarrilo
sou menos que desejo
sou tudo que vejo
e não posso desver
terça-feira, dezembro 28, 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário