Na varanda
Corre um vento morno
Tão leve
Tão azul
Não estranho
Quero-quero
João-de-barro
Gaivota
Tudo dormiria sonâmbulo
Sem as aves empenadas de poemas
Tudo respiraria azulejo
Sem as sombras voantes no varal
A estrada estreita só leva
Deixou de trazer
Levou os desenhos
Os carrinhos de madeira
O quebra-cabeças incompleto
Levou todos para trás da montanha
Se alguém viesse
Veria apenas a varanda
Sentiria o vento
Ouviria barulho de asas
Passaria
Se alguém viesse
Seria tudo
Tão estranho
Desazul
[jb]
quarta-feira, abril 15, 2009
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Um comentário:
Passando por aqui...
Muito bom!
Abraço.
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