segunda-feira, julho 10, 2006

Novo Mundo

Trêmula,
a flâmula,
anuncia terra à vista.

Frenética,
a carne,
suspira por um descanso.

Instável,
a nau,
ancora ligeira na praia.


Estupro, à mata virgem.
Estranho, esse homem sem roupas.
Estrago, à natureza impune.

Antes, uma reza ao Nosso Senhor:
Pela Coroa,
Pelas almas,
Pelos naufragados,
Pela rica terra que hoje descobrimos.

Desculpe-nos pela bagunça.
A gente arruma tudo depois.

[jb]

5 comentários:

Claudio Eugenio Luz disse...

Penso que esse poema faz uma ligação com os anteriores, posso estar enganado, porém, possui a mesma intensidade.

hábraços

Anônimo disse...

Oi! Obrigado pelo link! Vou retribuir em nossa página de links! Beijos!

Anônimo disse...

Estranhamento, desentranhamento, sempre aqui, em continuidade, na tua palavra... deus do céu, dá vontade de abrir tudo, como dizia certo poeta.
abraços

Rubens da Cunha disse...

muito bom, um olhar bem interessante da nossa 'descoberta'.
abraços
rubens

Anônimo disse...

tem bagunças que bagunçam tanto a gente que a gente nunca mais se arruma...
um beijo

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